A Associação dos Delegados de Polícia do Estado de Pernambuco (ADEPOL-PE) se manifestou publicamente em defesa da conduta de um de seus associados, envolvido em um episódio recente na Ilha de Fernando de Noronha. Segundo a entidade, o delegado agiu em legítima defesa diante de agressões injustas e iminentes.
De acordo com a nota oficial, o delegado estava acompanhado de sua companheira, que vinha sendo alvo de perseguição e importunação por parte de um indivíduo. No momento da abordagem, o policial se identificou como autoridade e recolheu sua arma ao coldre, evidenciando sua intenção de evitar qualquer confronto. No entanto, mesmo ciente da condição funcional do delegado e da presença da arma de fogo, o agressor iniciou uma série de agressões físicas com o claro intuito de desarmá-lo, representando grave risco à integridade do agente e das demais pessoas presentes.
Diante da violência injusta e atual, o delegado reagiu com um único disparo, atingindo o agressor com o objetivo de cessar a agressão e preservar vidas. A ADEPOL-PE destacou que a escolha do local do disparo demonstra preparo técnico e equilíbrio emocional do delegado, que agiu de forma proporcional para neutralizar a ameaça com o menor dano possível.
Ainda segundo a associação, o delegado não havia consumido bebida alcoólica e, tão logo a situação foi controlada, apresentou-se voluntariamente ao delegado da Polícia Federal, a única autoridade policial disponível na ilha no momento. Ele mesmo solicitou e foi encaminhado ao Instituto de Medicina Legal (IML), onde será submetido a exames de sangue, para comprovar a ausência de ingestão alcoólica, e de corpo de delito, para atestar as lesões sofridas durante a agressão.
A ADEPOL-PE reafirma sua confiança na conduta do delegado, ressaltando que o agente agiu com responsabilidade e dentro dos parâmetros legais, buscando preservar a própria vida e a de terceiros.