
A exoneração da ex-secretária de Saúde de Taquaritinga do Norte, Pollyane Siqueira, continua gerando grande repercussão na política regional. A demissão, ocorrida na manhã do dia 26 de fevereiro, aconteceu após uma reunião com o prefeito Gena Lins (PP) e um assessor jurídico da Prefeitura. Durante o encontro, foram apresentadas notas fiscais de compra de medicamentos que, segundo Pollyane, não foram solicitadas nem autorizadas por ela ou pela Secretaria de Saúde.
A situação ganhou ainda mais força depois que o deputado estadual Diogo Moraes (PSB) abordou o caso em entrevista ao comunicador Alberes Xavier, no programa Cidade em Foco, da Rede Pernambuco de Rádios. O parlamentar denunciou que Pollyane teria sido vítima de um esquema fraudulento e teria sofrido pressão psicológica e violência de gênero para assumir responsabilidades por atos que não cometeu.
“Conheço Pollyane, conheço o pai dela, meu amigo Paulo de Lú, e sei da seriedade dela. Eu sabia que existia algo muito sério por trás disso, e agora vem à tona que se trata de um esquema fraudulento, com dispensa de licitação, com itens que já estavam em vigor… Infelizmente, quiseram incriminar quem não tinha nada a ver”, afirmou o deputado.
Ainda segundo Diogo Moraes, na reunião onde a ex-secretária foi comunicada de sua exoneração, houve tentativa de intimidação com aval do setor jurídico da Prefeitura.
“Interrogaram ela, tudo com a anuência do setor jurídico da Prefeitura, promoveram intimidação de gênero, pressão psicológica, violência contra o gênero, tudo para incriminar quem não deve”, denunciou Moraes.
O parlamentar garantiu que acompanhará os desdobramentos do caso e cobrará esclarecimentos, além da identificação dos verdadeiros responsáveis pela suposta fraude.
Até o momento, o prefeito Gena Lins não se manifestou sobre as denúncias. No entanto, sua assessoria informou que, em breve, o setor jurídico da Prefeitura deve se pronunciar sobre o caso.
Jornalista e especialista em política Kalebe Pereira.